Após percorrer MT, Grupo Comadança leva espetáculo e oficina para Poconé

Apresentação do espetáculo 'Miserê' - Foto - Thairo Meneghetti

O Grupo Comadança, um dos contemplados do edital Circula MT, está em Poconé (a 104 quilômetros de Cuiabá) para apresentação do espetáculo de dança contemporânea intitulado “Miserê”, além de uma intervenção e uma oficina.  A programação é gratuita. Outras cidades já receberam grupo, como Cuiabá, Alta Floresta, Rondonópolis e Primavera do Leste. “Tanto nas oficinas como nos espetáculos sempre tivemos casa cheia”, comemora Clodoaldo Arruda, diretor do Grupo.

‘Miserê’ aborda a história de um homem impedido de permanecer em sua terra – Foto – Protásio de Moraes

A oficina ‘Contaminação de vida: corpo-artes-conexões’ será ministrada na tarde desta quinta-feira (07.02), no Sesc Poconé. A ação é voltada para bailarinos, estudantes de artes e professores. Serão 4h de duração destinada a 30 participantes. A atividade irá abordar a relação entre o corpo, a arte e o ambiente na perspectiva dos sentimentos e aprendizados criados a partir das conexões. Pela manhã, o Grupo se reúne para troca de experiências com artistas do Mascarados de Poconé.

 

A intervenção ‘Vós’ traz uma reflexão sobre como o corpo pode ser uma caixa infinita

Na sexta-feira (08.02), o Comadança fará uma intervenção, às 8h, na feira livre, no centro da cidade. A atividade denominada ‘Vós’ traz uma reflexão sobre como o corpo pode ser uma caixa infinita, que nunca revela todo seu interior. Para provocar sobre a realidade do que está dentro de si, os artistas fazem uma performance com placas de espelhos nas mãos, criando movimentos de dança que refletem as imagens do entorno e convidam o público a dançar e estar junto por alguns momentos.

Também na sexta-feira (08.02), às 19h30, a companhia sobe aos palcos do Sesc Poconé com o espetáculo de dança contemporânea ‘Miserê’.  A apresentação aborda a história de um homem impedido de permanecer em sua terra de origem por causa da pobreza da região, e que busca melhores perspectivas na cidade grande.

“É uma metáfora de todos nós, que sempre procuramos um lugar no mundo”, explica Clodoaldo. O espetáculo é dividido em três momentos. Primeiro apresenta as referências de alegria e apego à terra natal aliado à necessidade de partir. Depois mostra as incertezas e esperança do personagem. O terceiro ato traz a chegada na cidade, marcada pelo encantamento e pela decepção, que também pode ser um recomeço.

Para compor a ‘Miserê’, o Grupo fez uma intensa pesquisa de movimentos corporais a partir da perspectiva das danças mato-grossenses, formando os passos e pontos de equilíbrio em diferentes planos do corpo. “As ações dançadas em Miserê articulam em simbiose texto-dança-teatro para fluir a encenação num espaço único e vazio, como elementos que entram na cena para alterar o estado do corpo para outra denominação”, explica Clodoaldo.

Foto – Protásio de Morais

De acordo com ele, o projeto foi desenvolvido pensando não apenas na oferta de uma modalidade cultural para o público, mas também para estimular o interesse pela dança e fomentar a criação de outros grupos em Mato Grosso.

O Grupo Comadança é composto pelos artistas Clodoaldo Arruda, Fredyson Cunha, Alexandre Cruz e Laís Sandi Foganholo. Os ensaios foram feitos no espaço cedido pela Casa Cuiabana, equipamento cultural da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel).

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