Cantora de MT está na semifinal de um dos prêmios mais importantes da música

Estela Ceregatti concorre nas categorias ‘Autora’ e ‘Projeto Infantil’; A votação vai até dia 25 e ela precisa de votos do público para chegar à final

Estela é a única representante de Mato Grosso no PPM

Após vencer, em 2018, o prestigiado Prêmio Profissionais da Música (Music Pro Awards) na categoria ‘Artista Raiz Regional’, a cantora, compositora e instrumentista Estela Ceregatti volta a figurar, neste ano, entre os semifinalistas da premiação. Desta vez, concorre nas categorias “Autora” e “Projeto Musical Infantil”. Ela é a única representante de Mato Grosso e precisa do voto popular para chegar à final.

Para votar, basta clicar neste link e fazer um breve cadastro. A votação segue até o dia 25 de março. Ao todo, foram 1436 inscritos. Agora, restam somente 760 divididos em 67 categorias. Na categoria ‘Projeto Musical Infantil’, Estela divide o protagonismo com Jhon Stuart e Juliane Grisólia, os demais integrantes que compõem o grupo ‘Monofoliar’. Já na categoria ‘Autora’, ela disputa sozinha com outras 21 mulheres.

Ao lado de Juliane Grisólia e Jhon Stuart, no grupo Monofoliar, Estela concorre na categoria ‘Projeto Musical Infantil’

“Amo compor, então é uma honra imensa. Estou ali ao lado de grandes nomes, como a Lan Lanh, que acompanhava a Cássia Eller; a Anna Tréa; a Carol Panesi… Enfim, compositoras do Brasil inteiro”, destaca Estela.

E embora a concorrência de alto nível engrandeça e dificulte a disputa, as lembranças do ano passado animam a cuiabana. Ela foi para a final nas categorias “Arranjadora” e “Artista Raiz Regional”, se sagrando vitoriosa nesta última.

“Eu não tinha tantas esperanças, porque estava concorrendo com Yamandu Costa, Nelson Faria, Chico Lobo… Grandes músicos que já têm uma trajetória muito consolidada e anterior à minha, e que eu admiro pra caramba, e eu acabei vencendo”.

Ao relembrar desta importante conquista pessoal, faz uma projeção timidamente otimista. “Esse ano aconteceu da mesma forma, até agora, vamos ver como vai ser depois”.

No entanto, independentemente de ser premiada ou não, ela ressalta que a importância destes eventos reside na possiblidade de se estabelecer laços, contatos e trocas entre os artistas participantes.

E os prêmios, no caso, servem mais para consolidar este caminho que ela vem trilhando, “de persistência, determinação e foco dentro da minha carreira musical”, pontua.

RECONHECIMENTO LOCAL

E além de reforçarem que sua carreira está bem direcionada, os prêmios também têm sido fundamentais para a afirmação e consolidação de Estela no cenário local. “É muito importante, porque parece que o caminho é inverso, que a gente tem que ser reconhecido fora para poder ser visto dentro da própria terra”.

‘As minhas composições são influência do meu entorno, do que me rodeia’, comenta a artista

Esta reflexão encontra ressonância no fato de que o projeto para gravação de seu próximo álbum, intitulado “Terra”, não foi selecionado no recente edital lançado pela Secretaria Municipal de Cultura.

Ela admite ter ficado triste após o resultado, mas garante que, “independente de qualquer coisa”, ainda vai produzir o disco.

É a convicção da artista que confia na consistência de seu trabalho. Não por acaso, ela acredita ter uma missão local, e por isso faz questão de mostrar que Mato Grosso “tem arte genuína, características próprias e uma identidade que condiz com a nossa terra”.

Afinal de contas, arremata a cuiabana bisneta e tataraneta de cuiabanas, “as minhas composições são influência do meu entorno, do que me rodeia”.

ESTELA CEREGATTI

Além de compositora, cantora e instrumentista, Estela também assumiu a produção da própria carreira. “Ninguém melhor que eu para falar sobre o próprio trabalho que desenvolvo”, explica.

Embora seja uma função que despenda boa parte de seu tempo, é inegável que tem lhe trazido bons frutos. Além do já mencionado Prêmio Profissionais da Música, foi também agraciada, em 2017, com o importante Prêmio Grão de Música – SP.

No palco, já fez parceria com importantes nomes, como Ivan Lins, Renato Braz, Simone Guimarães, Paula Santoro, Gabriel Levy, Novelli, Hélio Flanders, Makely Ka, Alisson Menezes, Téo Ruiz e Estrela Leminsky, Áurea Martins e Mphuzi Chauke.

Além disso, contando a carreira solo e os trabalhos com o grupo Monofoliar, ela já lançou três discos. O primeiro solo, intitulado ‘Ar’, foi lançado em 2017.

Em 2018, foi contemplada pelo Festival Internacional EthnoBrazil, sendo uma das únicas brasileiras, e pela SIM (Semana Internacional da Música – SP) para se apresentar no Jazz nos Fundos – SP.

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