O projeto ‘Encontros com Cinema’ dá continuidade à ‘Sessão Realizadores de MT’ com a exibição de quatro produções do Coletivo Miraluz. Trata-se dos curtas: ‘Primeira morte de Pedro (Felippy Damian, 2015, 10’)’; ‘Se acaso a tempestade fosse nossa amiga eu me casaria com você (Wuldson Marcelo & Felippy Damian, 2015, 20’)’; Risos na Madrugada (Valdecy Azambuja & Felippy Damian, 2015, 11’); e Aquilo que me Olha (Felippy Damian, 2018, 25’). A sessão começa às 19h30, no Cine Teatro Cuiabá. A entrada custa simbólicos R$ 4 (inteira) / R$ 2 (meia) e a classificação indicativa é de 18 anos.
A Miraluz é o quarto realizador mato-grossense a exibir algumas de suas obras no projeto. Em terças-feiras anteriores o público pôde conferir trabalhos dos cineastas Luiz Marchetti, Eduardo Ferreira e do Coletivo Audiovisual Negro Quariterê.
COLETIVO MIRALUZ
A Miraluz se apresenta como um coletivo de gente-amiga que produz audiovisual a partir de um agir colaborativo e orgânico, cada um com seu olhar e potência. O grupo se formou nos arredores da UFMT e ,desde 2012, já realizou cinco curtas, dois deles ainda em finalização.
Por essas primeiras produções serem sem recursos financeiros, muitas das funções dentro dos filmes foram divididas e compartilhadas. Atualmente, o grupo vem somando a estes primeiros trabalhos outros já realizados por meio de editais de financiamento público.
FILMES
“A Primeira Morte de Pedro”
O músico e ator Rogê Além interpreta Pedro, um personagem cercado de um vazio para o qual não sabe se levou sua vida ou deixou-se levar. Neste contexto, sente alguém do passado a lhe observar e provocá-lo por meio de cartas.
“Se Acaso a Tempestade Fosse Nossa Amiga Eu Me Casaria Com Você”
Um dia na vida de um casal de namoradas que estão juntas há seis anos. A crise na relação se aprofunda com os transtornos emocionais que acometem Bárbara. Além disso, sua parceira Karina se apresenta sempre como uma pessoa divertida e festeira, diferente de Bárbara. Neste conflituoso dia, tudo o que foi até então silenciado explode e a casa se torna local de estranhamento e terapia.
“Risos Na Madrugada”
A madrugada revela outras vidas. Desejos e prazeres ocultos que se esvaem e atenuam na escuridão em formas de risos. Três histórias que caminham e intercalam-se.
“Aquilo Que Me Olha”
“Aquilo que me olha” é um curta-metragem de ficção sobre Belladona, mulher transexual que divide seu cotidiano entre os palcos de metal, a vida de fotógrafa e a faculdade. Violência, fetichização, machismo, estigmas sociais norteiam a trama.
Quem dá vida a Belladona é Raphaely Luz, atriz transexual, ativista da causa trans, que viveu na própria pele muitos dos episódios retratados no curta.