Um dia após Robertá Sá dar vibrante rodopio pelo cancioneiro de Gilberto Gil na estreia carioca do show Giro, o próprio compositor entrou em cena para apresentar o show OK OK OK pela primeira vez na cidade do Rio de Janeiro (RJ).
Estreado em novembro em Belo Horizonte (MG), em turnê internacional que ainda passará pela Europa e que já tem shows agendados no Brasil em 2020, o show segue o trilho afetuoso do álbum OK OK OK.
O disco foi lançado por Gil em agosto do ano passado com repertório inédito composto no que o artista caracterizou como “momento de volúpia musical” – vivido após enfrentar problema de saúde – ao conceituar o roteiro do show OK OK OK para o público que lotou a casa Vivo Rio na noite de ontem, 15 de junho.
Na primeira metade do show, feita com Gil sentado e tocando violão à frente de cenário multicolorido de Luiz Zerbini, o cantor seguiu roteiro apresentado em tons serenos com os graves da voz maturada pelo tempo e com a temperatura amena do toque da banda orquestrada por Bem Gil (na guitarra) com Bruno Di Lullo (baixo), Danilo Andrade (teclados), Domenico Lancellotti (bateria e percussão), José Gil (bateria e percussão), Thiagô Queiroz (sopros), Diogo Gomes (sopros) e Nara Gil (vocal).
Nesse bloco inicial, o cantor caiu no aconchego familiar do samba Sereno(Gilberto Gil e Bem Gil, 2018) – feito para o neto de dois anos que insinuou musicalidade precoce ao entrar espontaneamente no palco, já perto do fim da apresentação, e percutir um chocalho – e ampliou o círculo de afetos do álbum OK OK OK ao dar voz a Pai e mãe (1975).
Por G1