Nova rota pantaneira deve promover cultura e turismo

O objetivo é consolidar a rota que é pouco usada há anos mesmo sem as condições adequadas. O grupo quer reunir apoio de outros segmentos para viabilizar a obra

- Foto por: SecelMT

Uma expedição formada por representantes de diversos segmentos percorreu o trajeto que pode consolidar-se como uma nova rota de acesso ao Pantanal mato-grossense. O grupo foi do centro de Várzea Grande à região de Barão de Melgaço atravessando o trecho de aproximadamente 70 km, passando por locais ricos em belezas naturais e muita cultura.

A comitiva percorreu o trecho no dia (15). O objetivo é consolidar a rota que é pouco usada há anos mesmo sem as condições adequadas. O grupo quer reunir apoio de outros segmentos para viabilizar a obra.

A rota parte da região de Praia Grande (MT-050), em Várzea Grande, e percorre o Pantanal com passagem pelas comunidades de Piúva, Praia das Onças, Croará, Sangradouro Grande, Ressaca, Rancharia e Pedro Alves, chegando a Barão de Melgaço. Seria mais um atrativo nos moldes de estrada-parque, como a Rodovia Transpantaneira, que parte de Poconé. Beneficiaria ainda os municípios de Santo Antônio de Leverger e Nossa Senhora do Livramento.

– Foto por: SecelMT

“Viabilizando essa estrada, o Pantanal vai ficar mais acessível. Isso vai atrair mais turistas e promover também a cultura e a economia local”, afirma o secretário-adjunto de Cultura do Estado, José Paulo Traven. Ele também iniciou um levantamento dos bens culturais que devem ser incentivados a partir da articulação da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel). 

Ugo Padilha (PSD), vereador por Santo Antônio de Leverger, também formou a comitiva. Ele ressaltou o fato do turista chegar ao Pantanal em poucos minutos. “Esse trecho vem recebendo manutenção ao longo dos anos por iniciativa das próprias comunidades e produtores, mas o poder público deve fazer mais porque é um local com muita história”.

A rota passa na região das usinas açucareiras que fizeram parte da história de Mato Grosso desde o fim do século XIX, como Conceição e Itaicy (esta última já foi tomada pelo patrimônio histórico). Também dá acesso ao Rio Cuiabá, corixos que marcam a paisagem da região e a Baía da Pedra Branca, pouco conhecida inclusive por moradores da região, mas de grande potencial turístico. Tudo fica a aproximadamente uma hora do Aeroporto Marechal Rondon.

– Foto por: SecelMT

“Aqui na Usina de Conceição foi onde nasceu Totó Paes de Barros (ex-governador de Mato Grosso e grande industrial). Tivemos a primeira usina a vapor do Estado, representando uma revolução para a época. Aqui próximo tivemos o massacre da Baía do Garcês, enfim, é parte da nossa história”, afirma Marcos Vargas, presidente do Fórum de Turismo do Pantanal, que abrange sete municípios integrados pelo bioma Pantanal.

A rota pode tornar-se realidade a partir da parceria do governo do Estado, prefeituras e comunidades envolvidas, o que pode ser feito inclusive através de Parceria Público-Privada (PPP). Há ainda três alternativas para o projeto: fazer uma extensão da MT-452, estadualizar o trecho que já existe, o que daria mais autonomia para o governo sobre o trecho, ou ainda criar uma nova rodovia estadual.

– Foto por: SecelMT

O assunto chegou a ser discutido com moradores da comunidade Piúva. Para o secretário de Estado de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso, Allan Kardec, a rota pode tornar-se um novo corredor ecológico e de turismo, o que beneficiará a preservação das tradições a economia das comunidades.

A expedição contou com a participação de assessores da Prefeitura de Nossa Senhora do Livramento, Barão de Melgaço, de Santo Antônio de Leverger, vereador Ugo Padilha, produtores, turismóloga, representantes do mandato do deputado federal José Medeiros (Podemos), da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer, e da Secretaria-adjunta de Turismo de Mato Grosso.

Fonte: Secel/MT

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