Após 15 anos de carreira profissional, a cantora, compositora e instrumentista Karola Nunes, 32, concluiu seu primeiro álbum. “Somos Som” foi concebido num intercâmbio Cuiabá-São Paulo, numa parceria com importantes produtores da chamada ‘Nova MPB’, e será lançado oficialmente no dia 26 de abril em todas as plataformas digitais da artista.

São dez faixas, mas apenas uma foi disponibilizada com antecedência. Trata-se de “A Pressa”, composição conjunta da cantora e do produtor do álbum, Gustavo Ruiz. O single, lançado no começo de abril, dá pistas sobre a nova sonoridade explorada por Karola. “Consegui abrir minha visão para outros tipos de fazer musical”, antecipa.

Estes outros tipos de fazer musical, considerando a música já lançada, dialogam com elementos sonoros presentes nas obras de Céu, Tiê, Anelis Assumpção e Tulipa Ruiz, que não por acaso é irmã do produtor de “Somos Sons”. E essa parceria fraternal dos Ruiz (Tulipa e Gustavo) já lhes rendeu o prêmio de Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro no Grammy Latino de 2015 (Disco “Dancê”).

MT-SP

De acordo com a assessoria de Karola, ‘Somos Som’ “provoca curiosidade ao somar uma nostalgia regionalista da cantora aos arranjos mais experimentais e dançantes do produtor”. O álbum foi gravado em Cuiabá e São Paulo. E algumas participações especiais reforçam este elo com os paulistas, como o cantor e instrumentista Curumin, o trompetista Almícar Rodrigues e a atriz e cantora Mariela Lamberti.

E os mato-grossenses também engrossam este caldo musical muito bem temperado por Karola. A rapper Pacha Ana – rondonopolitana radicada em Cuiabá – participa de uma das faixas, assim como Habel Dy Anjos e sua viola de cocho na música que dá nome ao álbum, exaltando a relação da cantora com a música local.

E no que diz respeito aos elementos técnicos, a masterização ficou por conta do premiado Felipe Tichauer (Grammy Latino 2016 – `Tropix`, Céu) e o aDUBo sonoro do mestre Victor Rice (Grammy Latino 2016 – `A Mulher do Fim do Mundo`, Elza Soares).

 “SOMOS SOM”

A ideia do projeto surgiu em 2015, quando Karola passou a apresentar suas composições na Mostra Sesc de Música através do show “Somos Som”. Este mesmo show foi contemplado pelo edital Circula MT. Já em 2017, ela teve boa projeção ao vencer o concurso “Novos Talentos”, do programa “É Bem Mato Grosso”. E em 2018 foi selecionada para compor a Mostra Nacional de Música do Sesc, levando seu show para a cidade do Rio de Janeiro, representando a região Centro-Oeste.

Enfim, após todo esse processo de maturação, só em 2019 o álbum foi finalmente concluído. É como se fosse o fim de um processo, que, simultaneamente, inaugura um novo. “O álbum encontra-se numa região de transição, pois ao mesmo tempo que delimita um fechamento de ciclo, inaugura uma nova sonoridade da cantora”, pontua a assessoria. “A pretensão agora é atingir outros lugares tendo o CD como resultado disso”, complementa Karola.

E embora as músicas ainda não tenham sido disponibilizadas, ela antecipa algo que todas têm algo em comum. ”A lírica perpassa muito a minha intimidade. A maneira como eu enxergo as coisas, as pessoas, o mundo, as energias… Eu sou uma compositora autobiográfica. Eu só consigo escrever sobre mim. Não tenho essa liberdade criativa de falar do outro. O CD inteiro fala basicamente da minha maneira de enxergar as coisas”.

Esta fala, descolada de contexto, poderia dar brecha para uma interpretação ensimesmada da artista, mas esse tipo de leitura não cabe na obra de Karola. Pelo contrário, esta revelação só evidencia sinceridade, maturidade e consciência de onde pisa.  É interessante ressaltar que, embora se trate de um álbum solo, ela nunca usa a primeira pessoa do singular (eu) para se referir ao produto.  Sempre diz “a gente” pensou; decidiu; preza; trabalhou…

E, convergindo nesse sentido, o próprio título do álbum é na primeira do plural: “Somos Som”. “A gente é muito atingido pelo som, pelas sonoridades. E o ‘Somos Som’ é isso. Essa ideia de que vamos vibrar positivo pra chegar positivo em quem tá ouvindo. É o lema central do nosso trampo musical”, destaca.

MAIS QUE Fà       

Recentemente Karola perdeu uma pessoa mais que singular em sua vida. O pai, Geraldo do Carmo de Sousa, faleceu no dia 16 de março. Seo Geraldo, que tocava pandeiro e fazia embolada e repente, foi um grande incentivador da carreira da filha.

Karola não chegou a mostrar as músicas ao pai, pois ele ficou doente quando o CD ficara pronto. Mas uma das faixas, por sinal a que dá nome ao álbum, já havia sido cantada pessoalmente pela filha, afinal de contas foi composta em homenagem ao pai. “Agradeço o universo por ter tido a oportunidade de honrá-lo em vida”, conclui.

SHOW DE LANÇAMENTO

A expectativa para o show de lançamento de “Somos Som” é grande, ainda mais levando em consideração os nomes envolvidos no projeto e a pulsante e talentosa veia artística de Karola. Entretanto ainda não há uma data definida.

Ela adianta que, nesta sexta (26.04), irá se apresentar no bar Cão Latino com alguns integrantes da banda, então provavelmente rolará “uma palhinha meio bagunçadinha” enquanto não definem uma data oficial. Isso em Cuiabá, pois em Rondonópolis, cidade natal da cantora, o show de lançamento será no dia 15 de junho, no Festival Cerrado Fuzz.

Serviço:

Site: www.karolanunes.com
Youtube: www.youtube.com/karolanunes
Instagram: https://www.instagram.com/karola_nunes
Facebook: https://www.facebook.com/karola.nunes/
Spotify: https://open.spotify.com/artist/7sCkHBx1pgcYujyUL6FGDl?si=NL0JpxvTSBOjQDv_BVRgyQ

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