Pesquisa revela: no Brasil apenas 8% têm condições de análise crítica

Mais uma pesquisa nada otimista comprovando nossa triste realidade educacional. De forma geral, os brasileiros não gostam de ler, eis o principal fator da demência generalizada em diversos espaços sociais. 

A polarização política, a idiotizante briga adjetivada como “petralhas” e “coxinhas” que parecem não terminar tão cedo, nos revela a ponta do iceberg desse problema nacional de leitura e compreensão. Os 12 anos de estudos na escola pública não têm sido suficiente para formar um cidadão minimamente crítico.

O Brasil é Amazing,Wonderful, Majestic etc… Para quem tem dinheiro! E nessa perspectiva, com certeza será um lugar incrível para ter muitas experiências e realizações, enquanto isso, grande parte da população, vive dias sim, dias não, tentado sobreviver mediante ao caos, numa inclinação a decadência cultural que está sendo encaminhada. 

O que diz a pesquisa? 

Essa pesquisa não é novidade, embora tenha sido feita anteriormente, ela revela muito o momento atual de intolerância e expressivo desrespeito a liberdade de expressão de pensamento que nós estamos vivendo.  Ela diz que apenas 8% das pessoas em idade de trabalhar são consideradas plenamente capazes de entender e se expressar por meio de letras e números. Ou seja, oito a cada grupo de cem indivíduos da população tem capacidade de compreensão em língua portuguesa e conhecimentos básicos de matemática.

Os dados  dados são referentes as pesquisas feitas no ano de 2015, mas divulgada em 2016 e 2017, pelo IPM ( Instituto Paulo Montenegro).

De acordo com a pesquisa e com o relatório de Analfabetismo e o Mundo do Trabalho: há cinco níveis de alfabetismo funcional.  Analfabeto total (4%), rudimentar (23%), elementar (42%), intermediário (23%) e proficiente apenas (8%) da população brasileira.

O grupo de analfabeto rudimentar são considerados analfabetos funcionais, isto é, aqueles não entendem o que leem.  O estudo também foi conduzido pela ONG Ação Educativa. No conjunto, foram entrevistadas 2002 pessoas entre 15 e 64 anos de idade, residentes em zonas urbanas e rurais de todas as regiões do país..

Numa situação ideal, os estudantes que completam o ensino médio deveriam alcançar esse nível .

Conforme as últimas notícias de índice de desenvolvimento do MEC do segundo semestre de 2018, somente 3 alunos a cada turma formada do Ensino Médio, concluem com capacidade de leitura e compreensão crítica de texto. O restante são considerados analfabetos funcionais, ou seja, não tem condições elementares de compreender e de se expressar adequadamente.  A situação é pior do que se pensava. Nessa perspectiva, pode entender que a escola está cumprindo um desserviço a população.

A pesquisa também mostrou que de 2001 a 2009 melhoramos superficialmente o índice de 39% para 27% simplesmente pelo crescimento de frequentadores de escolas e o natural aumento dos anos de estudo da população, especialistas afirmam que não adianta permanecer na escola se o sistema de ensino permanecer o mesmo. Em linhas gerais, trata-se de políticas de educação, de qualidade da formação, de condição de trabalho do professor, a escolha permanece em velhas práticas de ensino há mais de 20 anos.

O próximo governo terá que lidar com essa realidade e tomar providências urgente para melhoria do setor educacional que carece de fortes investimentos.

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