Ministro reforça dinamismo da Cultura no Fórum Economia Criativa

"Em quase três décadas, cada real de renúncia fiscal movimentou 1,59 para a sociedade. Em outras palavras, o incentivo à Cultura gerou desenvolvimento e retorno econômico", afirmou Sérgio Sá Leitão durante o Fórum Economia Criativa (Foto: Clara Angeleas / Ascom MinC)
Falar de economia criativa é falar do futuro da economia e, portanto, do futuro do País. Essa é a compreensão que norteou o debate entre autoridades governamentais, gestores, empresários e produtores durante o Fórum Economia Criativa, realizado na manhã desta sexta-feira (14), pela revista Exame.
De acordo com o Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, cuja palestra encerrou o evento, “as atividades culturais e criativas são vocações e constituem um setor dinâmico da economia”. Atualmente, a economia criativa corresponde a 2,64% do PIB Nacional e gera um milhão de empregos para cerca de 200 mil empresas.
Ao falar sobre o estudo encomendado pelo Ministério da Cultura (MinC) à Fundação Getúlio Vargas (FGV), Sá Leitão ressaltou a importância dos resultados observados: em 27 anos de existência, a lei movimentou R$ 49,9 bilhões de reais na economia brasileira, sendo R$ 31,2 bilhões de impacto direto e R$ 18,7 bilhões de impacto indireto.

“Em quase três décadas, cada real de renúncia fiscal movimentou 1,59 para a sociedade. Em outras palavras, o incentivo à Cultura gerou desenvolvimento e retorno econômico. Um impacto total de quase 50 bilhões de reais. Em 2019, as estimativas são de que a indústria automotiva receba R$ 7.2 bilhões em incentivo fiscal e gere 200 mil empregos. Nossa estimativa é receber R$ 1.4 bilhão e gerarmos 1 milhão de empregos. Então, entregamos mais com muito menos”, afirmou o ministro.

Sá Leitão ainda mencionou que é importante refletir o porquê dos resultados do impacto econômico da Rouanet estarem aparecendo apenas agora. “Por que só agora foi encomendado esse estudo, se a Rouanet existe há 27 anos?”, questionou. “Há setores da sociedade e da própria economia que ainda não entenderam que a cultura gera desenvolvimento econômico”, concluiu.
Sobre as polêmicas e denúncias relacionadas à Lei Rouanet, o ministro disse que se referem a projetos feitos em outro momento da lei: “A Rouanet é um dos instrumentos mais transparentes do País. Eu conheço outros tão transparentes como, nenhum mais que ela. Na Roaunet atual essas fraudes seriam detectadas e não seriam levadas adiante”.

Cultura para todos

Sobre as acusações de que a Rouanet favorece apenas artistas já renomados, o ministro reforçou que o estudo da FGV mostrou que boa parte, 66,3% das propostas aprovadas, são de projetos com valores inferiores a 100 mil reais.
Além disso, ele destacou que, por meio do apoio da Rouanet, 3,3 bilhões de ingressos já foram distribuídos de forma gratuita para a sociedade. “Estamos falando da maior política de incentivo cultural e de democratização de acesso à bens culturais de todo o mundo” afirmou.

Balanço

Ao falar sobre sua gestão, o ministro afirmou que servir ao País é uma das missões mais nobres que se pode ter. “A arte pertence às pessoas, não ao estado. A missão que estabelecemos para o Ministério nessa gestão foi a de fortalecer as atividades culturais e criativas em todas as regiões brasileiras, a de fazer do Ministério uma instituição de relevância para o setor e a de ampliar e democratizar o acesso das pessoas aos bens culturais. Espero ter colaborado e ter contribuído para o avanço do setor e da economia criativa no Brasil”, concluiu.
Assessoria de Comunicação
Ministério da Cultura

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