A ‘Orquestra Cuiabana de Choro’, vinculada ao programa de extensão “UFMT Com a Corda Toda”, apresenta o espetáculo “Viva o Choro” na próxima terça-feira (23.04) – justamente no dia do gênero musical genuinamente brasileiro – no Teatro Universitário. A entrada é gratuita, sujeita à lotação do espaço, e os ingressos começarão a ser distribuídos uma hora antes da apresentação, que acontece às 20h.
Além de se tratar de uma celebração ao choro, o espetáculo também é uma homenagem ao tricentenário de Cuiabá, que aconteceu no último dia 8. As músicas que serão interpretadas contêm elementos característicos do choro e suas inovações.
No repertório, nomes como de Pixinguinha, Garoto, Radamés Guinatalle , Jacob do Bandolin, Hermeto Pascoal, Guinga, Hamilton de Holanda, Anacleto de Medeiros e K-Ximbinho.
ARTISTAS LOCAIS
“A expectativa é apresentar, além dos compositores consagrados, os compositores e instrumentistas da nossa terra. Muitos deles jamais tocaram em teatro e nem tiveram suas obras executadas com formações maiores”, relata o diretor artístico do espetáculo, Andrew Cunha de Moraes.
E complementa que vários convidados marcarão presença, “como as cantoras Estela Ceregatti e Akane Iizuka; Márcio Júnior no cavaquinho; além de professores e estudantes dos cursos de licenciatura e bacharelado em música e do Núcleo de Choro da Polícia Militar de Mato Grosso”.
“DE NOVA CARA O VELHO CHORO”
Segundo Andrew, a proposta, além de homenagear Cuiabá, é apresentar um concerto baseado no livro “De Nova Cara o Velho Choro”, dissertação de mestrado defendida por Grazielle Mariana Louzada de Souza e orientada pela professora Teresinha Rodrigues Prada Soares junto ao Programa de Pós-graduação em Estudo de Cultura Contemporânea (PPG-ECCO).
No trabalho, a autora procurou desvendar as novas práticas do choro, investigando os aspectos artísticos, sociais e educacionais do gênero. A partir de panorama dos elementos musicais intrínsecos ao gênero tradicional e aponta o importante papel que arranjadores, compositores como Hermeto Pascoal, Guinga e Hamilton de Hollanda, grupos regionais e jazz bands, tiveram para as mudanças interpretativas e estruturais do Choro. A autora ainda aponta a importância da performance, improvisação, profissionalização dos músicos e da influência da indústria fonográfica nessa mudança.
A apresentação é uma realização da Pró-reitoria de Cultura, Extensão e Vivência (Procev), do projeto de extensão “UFMT Com a Corda Toda” e do Departamento de Artes da Faculdade de Comunicação e Artes (FCA) da UFMT.
